sábado, 2 de maio de 2009

DISLÉXICO NA SALA DE AULA
Lidando com um aluno disléxico, o professor deve ter conhecimento e sensibilidade. Algumas estratégias podem usadas para facilitar o aprendizado do aluno disléxico:
•uso frequente de material concreto: relógio digital, calculadora, gravador, Material Curisineire e Material Dourado;
•confecção do próprio material para alfabetização, como desenhar, montar uma cartilha;
•uso de gravuras, fotografias (a imagem é essencial para sua aprendizagem);
•folhas quadriculadas para matemática;
•máscara para leitura de texto;
•letras com várias texturas;
•fazer revisões freqüentemente;
•evitar ou dar mais tempo para que copie do quadro, pois isso é sempre um problema;
•para ler palavras longas, ensinar a separá-las com uma linha a lápis;
•não forçar a modificar sua escrita, pois ela sempre acha sua letra horrível e não gosta de vê-la no papel. A modulação da caligrafia é um processo longo;
•dar menos dever de casa e avaliar a necessidade e aproveitamento deste;
•dar um tempo maior para realizar as avaliações escritas. Uma tarefa em que a criança não disléxica leva 20 minutos para realizar, a disléxica pode levar duas horas;
•sempre que possível , a criança deve ser encorajada a repetir o que lhe foi dito para fazer, isto inclui mensagens. Sua própria voz é de muita ajuda para melhorar a memória;
•usar sempre uma linguagem clara e simples nas avaliações orais e principalmente nas escritas; •uma língua estrangeira é muito difícil para eles;
. fazer suas avaliações sempre em termos de trabalhos e pesquisas;
•a criança disléxica deve sentar-se próxima à professora, de modo que a professora possa observá-la e encorajá-la a solicitar ajuda;
•não esperar que ela use corretamente e autonomamente um dicionário para verificar como é a escrita correta da palavra. A habilidade de uso de dicionário deve ser cuidadosamente ensinada; •evitar dar várias regras de escrita numa mesma semana. Por exemplo, os vários sons do "C" ou "G". Dar lista de palavras com uma mesma regra para a criança aprender, sendo uma a cada semana.A professora deve ter muita sensibilidade para que suas atitudes não diminuam a autoestima do aluno disléxico, já tão frágil. Algumas atitudes e comportamentos podem ser feitos para isso:
•evitar dizer que ela é lenta, preguiçosa ou compará-la aos outros alunos da classe;
•ela não deve ser forçada a ler em voz alta em classe a menos que demonstre desejo em fazê-lo;
•suas habilidades devem ser julgadas mais em sua respostas orais do que nas escritas;
•demonstrar paciência, compreensão e amizade durante todo o tempo;
•não riscar de vermelho seus erros ou colocar lembretes tipo: estude! precisa estudar mais! precisa melhorar!; procurar não dar suas notas em voz alta para toda classe, isso a humilha e a faz infeliz;
•não considerar as trocas na escrita como erro por falta de cuidado, tirando pontos de seu trabalho;
•procurar não reforçar sentimentos que minimizam sua autoestima. Nunca é tarde demais para ensinar uma criança a ler.
Toda criança precisa de apoio e paciência , e o aluno disléxico, precisa de mais compreensão com suas dificuldades e atenção individualizada sempre, por mais difícil que seja.
Educar é também prestar atenção, não para vigiar e acusar, mas para acompanhar e compreender.